segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Entrevista com Abraham Lincoln


Abraham Lincoln
Há algum tempo atrás, me decidi a escrever um artigo sobre o presidente Abraham Lincoln.
Porém, a quantidade de informações sobre ele, e sobre todas as pessoas que o cercavam foi tão grande que acabei confessando a uma pessoa:
- Não há a mínima chance de escrever um artigo sobre Lincoln, pois o mínimo que eu poderia fazer era escrever um livro, tamanha a complexidade psicológica dele e de todos os envolvidos nos últimos anos de sua vida.
Mary Todd Lincoln, John Wilkes Booth, William H. Crook, Ward Hill Lamon, Ulysses S. Grant, Edwin Stanton já mereciam um livro cada um, para sermos justos.
Como não me dei por satisfeito, resolvi eu mesmo ir ao encontro do presidente Abraham Lincoln em sua mesa na Casa Branca e entrevistar aquele que seria conhecido como o maior presidente da história dos EUA.
Allan Pinkerton, Lincoln e John A. McClernand, 3 de Outubro, 1862
O ano? Era 1865 da graça de nosso Senhor Jesus Cristo. O dia? 14 de Abril. A hora exata? Um pequeno intervalo entre 14:30 e 15:00.
Logo após uma reunião entre o presidente e o General Grant, o Coronel Porter, Seward ( filho ), Welles, John P. Usher, McCulloch, Dennison, o procurador Speed e o secretário de guerra Stanton.
E antes que o capelão Neill, fosse expulso por Lincoln de sua sala as 15:00 horas.
Quando estes senhores saíram da sala após a reunião, eu me aproveitei do fato de que a Casa Branca permanecia de forma descuidada, com várias portas abertas, facilitando que uma tropa de caçadores de favor chegassem mesmo até o presidente, e entrei sorrateiramente.
William H. Crook estava acompanhando todos para fora, e permaneceu uma fração de segundo de costas e eu entrei.
Ward Hill Lamon
- Senhor presidente. Preciso lhe falar.
- Ora, filho, se é assim que eu devo morrer, vá em frente.
As informações sobre a certeza de Lincoln sobre o fato de que tentariam mata-lo a qualquer momento foram confirmadas.
- De forma alguma, senhor presidente. A única coisa que tenciono matar aqui, é a minha curiosidade.
Ele veio até mim, e deu um forte aperto de mão. Era muito mais alto que eu, e estava sem a cartola, o que para mim era decepcionante.
Expliquei que possuía um Blog, e que na tentativa de escrever sobre ele, não tive outra alternativa a procura-lo pessoalmente.
Ele me ofereceu a cadeira e se sentou do outro lado da mesa, e me fez sinal com a cabeça para que iniciasse a entrevista.
EU: Afinal, qual sua opinião sobre a guerra?
AL: Os dois lados eram contra a guerra, mas um deles preferia fazer guerra a deixar a nação sobreviver e o outro lado aceitou a guerra para não deixar a nação perecer.
EU: De que lado está o senhor?
AL: Os dois lados leem a mesma Bíblia e oram para o mesmo Deus. Eu estou do lado que não ora para Deus ajudar a continuar ganhando o seu pão através do suor de outros.
EU: E sobre a escravidão? Acha que um dia chegará ao fim?
AL: Enquanto eu viver, no meu país ninguém colocará um grilhão na perna ou no braço de nenhum homem por causa da cor de sua pele.
EU: O senhor sabe que mesmo dando a eles a liberdade, não poderá permanecer para sempre como um herói para eles. Eles precisarão encontrar um ícone negro para a sua causa. Isso o incomoda?
AL: Não me importa se um dia não mais se lembrarem de quem eu fui. O tempo mostrará se eu estava certo ou errado. Se o que eu faço agora é errado, nem dez anjos jurando a meu favor, vão mudar isso. Mas se for certo, mesmo que eu seja esquecido, minhas ações permanecerão.

Ele dizia isso tudo, olhando pela janela com uma expressão mista de tristeza e cansaço. Mas sorriu quando fiz minha próxima pergunta.

EU: Stanton te atrapalha muito?
AL: Ele é a rocha onde a arrebentação bate. Acho que nem mesmo eu aguentaria estar no lugar dele durante esta guerra.
EU: Você odeia mais o congresso ou os confederados?
AL: Prefiro um homem que lhe enfrenta cara a cara com uma pistola, do que gente que se esconde em mesas de carvalho.
EU: O que deseja para o futuro dos EUA?
AL: Acabar com a guerra é um começo. Ver todos os homens livres é outro passo. Depois quem sabe voltar a advogar.
EU: A senhora Lincoln concorda com isso?
AL: Claro que não. Mas eu pretendo antes disso, talvez, tirar um tempo e viajar com ela pela Europa, para descansar de tudo isso.
EU: Algum lugar em especial que queira visitar?
AL: Não há nenhum lugar que deseje tanto ver como Jerusalém. Visitar a Terra Santa e ver aqueles lugares santificados pelos passos do Salvador. ( ele repetiu essas palavras para a esposa, foram suas últimas inclusive, antes de ser baleado, e isto foi confirmado pela Srª Lincoln ao pastor Noyes W. Miner em 1882 ).
EU: A Srª Lincoln lhe fornece uma quantidade boa de problemas não é mesmo?
AL: Ela é a melhor mulher de todas. A morte de nosso filho talvez a tenha transtornado a ponto de pensar em coloca-la em um hospício, mas se eu ficasse longe dela, talvez quem ficasse louco fosse eu.

Neste momento, olhando a hora, soube que não poderia falar com ele por mais tempo, e arrisquei uma última pergunta que talvez não devesse.

EU: O senhor conhece um ator chamado J. W. Booth?
AL: Oh, sim, eu o assisti uma vez em 1963, no teatro Ford. Ele estava na peça "The Heart Marble", e me pareceu espetacular no papel. Enviei um convite certa vez para ele vir até a Casa Branca, mas acredito que não tenha chegado até ele.

Naquele momento, tive vontade de dizer-lhe que não deveria ir ao teatro naquela noite, talvez até implorar que permanecesse em casa. Mas eu não podia intervir no destino. Estava fora do meu alcance.
Me despedi dele com outro aperto de mão. Ele me acompanhou até a porta e Crook me olhou desconfiado.
Sai pela rua e vi John F. Parker indo para um bar. Ele chegaria 3 horas atrasado para render Crook aquele dia e deixaria a porta do camarote presidencial para ir beber novamente aquela noite. Meu estomago embrulhou.
Permaneci sentado ali, olhando as pessoas anonimas que em poucas horas iriam estar lotando as ruas em busca de alguma informação sobre o presidente.

Finalmente tomei coragem para ir embora. Eu não poderia estar ali, no momento em que as coisas acontecessem, pois eu não pertencia aquele lugar, nem mesmo aquela época.

Quando subi no meu trem para partir, notei que eram dez horas e sete minutos da noite. Algumas lágrimas nasceram nos meus olhos.
Quando o trem partia devagar pelos trilhos, mesmo que ninguém mais tivesse escutado, eu juro que pude ouvir um som seco como um pequeno saco de papel estourando e dois minutos depois o som de cascos de um cavalo em disparada.

Voltei ao nosso tempo. Nada havia mudado.
A história jamais mudaria, mesmo que nós desejássemos fervorosamente.

Nunca mais eu veria o senhor Abraham Lincoln.
Em vida.
Pois com certeza, quando todos nós houvermos atravessado aquele velho rio e encontrado com nosso Senhor JESUS CRISTO, eu teria prazer em visitar o senhor e a senhora Lincoln.
Se assim me for permitido.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

A Persistência da Violência Contra o Enem na Sociedade Brasileira

Uma simples redação para uma prova de Enem, e você descobre que o brasileiro é capaz de causar violência até mesmo contra o bom senso e a inteligência.
Na verdade se fosse limitada toda essa polêmica apenas no tema da redação, eu até poderia ficar sem ser obrigado a postar nada por aqui, mas infelizmente eles romperam as barreiras.
O fato é que surgiu uma questão sobre uma filosofa francesa que eu confesso nunca tinha escutado falar. Sim, acredite, eu não sou tão intelectual quanto pareço, e você pode ver isso pelas minhas postagens desde o nascimento desta página.
Ela um dia falou que "mulher não nasce mulher, mas que a sociedade e todo o blá-blá-blá da sociedade transforma um ser castrado em mulher".
Muitos trogloditas logo acusaram se tratar de uma lésbica maluca que defendia ideias neo-anti-bolsonarianas, mas na verdade esse seu pensamento não se referia exclusivamente a homossexualismo mas realmente a todo esse blá-blá-blá citado acima, e que também não vou ficar aqui enumerando.
Resumindo, quando eu soube que haveria a prova do Enem ( que nem sabia que ia ser feito esse mês ), deitei minha xícara de café com avelã na mesa e disse a minha esposa:
- Qual será a polêmica deste ano neste tal Enem?
A verdade é que sempre desconfiei que existia um grupo anônimo de mal-intencionados que sonham com o fim do Enem.
Se são donos de faculdades, se são os iluminatti, se são até mesmo os klingons, eu não sei.
Somente sei que desde a criação do Enem, houveram roubos de gabaritos, falsificação de provas, escutas eletrônicas, ciborgues realizando provas no lugar de alunos, partos dentro das salas, aparições de fantasmas, abduções alienígenas, ataques zumbis, viagens no tempo, e o Tom Cruise explodindo tudo e dizendo "missão cumprida"...
Diante deste quadro brutal que se repete ano após ano, deixando um legado de memes de alunos ficando do lado de fora do portão, nasce uma questão muito séria e que deve ser respondida pelos especialistas.
Quem sabe esse até não pode ser o tema da redação do Enem 2016?
Então, me digam:

Até quando vai persistir essa violência contra o Enem na sociedade brasileira?

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

De Flu, São Paulo, Fred e Fraternidade

Em 1993, eu então com 14 anos de idade, via o São Paulo FC chegar ao seu segundo título mundial de clubes de forma consecutiva.
Batia eu no peito e dizia que era torcedor do São Paulo FC. Foram anos de alegria e de glória.
Mas no ano seguinte, 1995, meus pais se separaram.
O que isso tem de haver com isso?
Nada!
Ou tudo!
Meu irmão e eu, sempre fomos muito unidos em tudo. Até mesmo nos momentos em que tramávamos os mais elaborados planos para confiscar R$ 1,00 da carteira do meu pai, sem que ele soubesse.
O que levava dois irmãos a criarem os mais inusitados planos para chegar até a carteira do pai e conseguir "se apossar" dessa fortuna?
Na época R$ 1,00 equivalia a 4 ( isso mesmo 4 ) fichas de fliperama!
Cansamos de morrer nas mãos de Tyrog, em Cadillacs and Dinosaurs, graças a estes 4 pequenos objetos de metal.
Até que a fase dos fliperamas acabou.
É necessário dizer que eu carregava comigo um costume que herdei do meu pai: ele se dizia Santos FC em São Paulo e Flu, no Rio de Janeiro.
Motivo: o Santos era sua paixão desde menino por causa da era Pelé, e a paixão pelo Flu veio por causa da proximidade que ele acabou tendo com o estado do Rio de Janeiro porque minha mãe é carioca.
A exemplo dele, eu era São Paulo por causa de Palhinha, Raí, e Zetti, mas ao mesmo tempo era Flu no Rio de Janeiro.
Foi nessa época que aqui no meu estado do Mato Grosso do Sul, a TV Band, passou a transmitir o campeonato carioca nas tardes de sábado e noites de quinta-feira. Quartas e domingos era dia de Corinthians...
Então, novamente a união entre meu irmão e eu entrou na história.
Meu irmão é flamenguista, e consequentemente, não poderíamos "disputar" o carioca com o São Paulo FC, foi aí, que para ter como disputar de forma justa no nosso Snes, ele sempre jogava com Flamengo de Romário e eu passei a jogar com o Flu do fraco Super Ézio.
Sim, fraco! Porque Flamengo tinha Romário, Fogão tinha Túlio Maravilha e Vasco tinha Valdir Bigode.
Para piorar naquele ano Ézio iria para o Galo Mineiro, e teríamos que se virar com o folclórico Renato Gaúcho...
Então veio a desgraça!
Em 1996, o Flu terminou rebaixado ao lado do Bragantino, porém os dois não disputaram a Série B em 1997, porque o escândalo Ives Mendes criou uma bagunça.
Descobertos tramando resultados Petraglia ( Atlético PR ) e Dualib ( Corinthians ), acabaram sujando a história daquele campeonato.
Para desviar o foco e não punir os dois clubes ( Atlético PR chegou a ser formalmente suspenso por 1 ano, mas não cumpriu ), resolveu-se cancelar o rebaixamento naquele ano.
Por quê?
Porque se punidos, Atlético PR e Corínthians teriam de jogar a Série B de 1997, então, a Imprensa resolveu jogar a culpa em Flu e Bragantino, acusando-os de virada de mesa.
Mas em 1997, o Flu resolveu "fazer justiça" e acabou novamente rebaixado ao lado do Bahia, Criciúma e União São João.
E não se dando por satisfeito, em 1998 acabou cando para a Série C.
Esta foi uma época de puro apagão.
Na época eu não tinha Internet, e não sabia nada que acontecia com os times que não estivessem na Série A.
Em 1999 só sei que o Flu ganhou a Série C.
Mas foi neste campeonato brasileiro, que o São Paulo ( olha a coincidência ), escalou um jogador ( Sandro Hiroshi ) de forma irregular e acabou perdendo pontos para Bota Fogo e Internacional.
Isso fez com que o Gama do Distrito Federal fosse rebaixado no lugar do Bota Fogo do Rio.
o Time de Brasília entrou na justiça comum, e a CBF acabou proibida de organizar o Brasileirão de 2000.
O Clube dos 13 assumiu esse papel.
Veio então o Brasileirão 2000 ( Taça João Havelange ) com 116 times divididos em 4 módulos.
Então o Flu fez uma campanha muito boa e depois disso não caiu mais.
Com exceção do caso 2013, que não vou falar sobre o caso porque envolve o Flamengo do meu irmão e a Portuguesa ( que eu peguei simpatia por causa do time que perdeu a final pro Grêmio, na época do exílio do Flu ).
Mas afinal, onde isso tudo que eu escrevi quer levar?
A um fato que pode parecer irrelevante, mas que para mim tem uma importância enorme.
Vocês lembram que eu falei que na época em que passei a seguir o Flu, ele era o único grande do Rio que não tinha um ídolo?
Você pode até questionar sobre o valor de Super Ézio e Renato Gaúcho, mas a verdade é que ficou no meu inconsciente uma orfandade em relação a Valdir, Romário e Túlio.
Tenho que dizer que larguei o São Paulo de estrelas como Raí e Palhinha e até Juninho Paulista, porque na época de 1995/96, alguns colegas de escola pressionavam sobre o fato de ter dois times, um em cada estado.
E como o São Paulo estava em alta e o Flu, em baixa, e também por causa "das estranhas tabelas que o goleiro Maizena ( América RJ ) fazia com o ataque do Flamengo" como diria o maravilhoso Januário de Oliveira, acabei escolhendo de vez o Flu.
Talvez seja a primeira vez na história da humanidade que um flamenguista acabou ajudando a criar um tricolor.
Faltava alguém para se tornar um tipo como Rogério Ceni era para o São Paulo, ou o Totti era para o Roma, e ainda são...
Então veio a Revolta de 2009!
Neste ano matemáticos, especialistas, jornalistas e até quem não gostava de futebol já dava o Flu como rebaixado ( de novo? ) pelo Brasileirão.
Mas em Março daquele ano, havia chegado ao Fluzão o atacante Fred, vindo do Lyon da França. Ele tinha sido jogador do modesto América MG e do Cruzeiro antes de ir para a França.
Ele veio com grande estardalhaço, mas se machucou e ficou grande parte daquele Brasileirão no estaleiro.
Mas voltou na reta final, como se substituído por um outro Fred.
O Fred do Lyon que havia chegado em Março, havia sido trocado pelo Fred que voltava em Outubro, e foi um dos responsáveis pela maior façanha de um time de futebol do mundo.
No dia 10 de Outubro de 2009, o estádio Bruno José Daniel viu o nascimento de um jogador que se colocaria na posição de tirar a orfandade de mitos do Fluminense.
Entre 10 de Outubro e 6 de dezembro, foram 13 gols em uma sequência de 11 vitórias, 4 empates e apenas 1 derrota.
O time além de permanecer na Série A, ainda foi vice campeão da Copa Sul-Americana.
Depois disso, Fred foi campeão em 2010 e 2012, pelo Flu.
Teve altos e baixos assim como já teve Totti no Roma, e Ceni no São Paulo.
Mas para mim, é sem sombra de dúvidas o maior mito da minha fase Fluminense.
Você pode até dizer que há outros mitos maiores do passado, e tudo o mais, mas precisa entender que eu só fui conhecer mais de perto o Fluminense de 1995 para cá, e por essas razões descritas.
Não fosse a proximidade com meu irmão, não fosse nossas noites de quinta em frente a uma TV velha assistindo os medonhos Flamengo e América ou Fluminense e Bangu, talvez até hoje eu estivesse assistindo o São Paulo de Pato e Ganso.
Só faltou dizer uma coisa: meu irmão e eu nunca conseguimos passar por Tyrog em Cadillacs and Dinosaurs.
Mas um dia ainda acharemos esta máquina e faremos isso.
E que mesmo com parte da torcida ainda torcendo o nariz para ele, que Fred fique muitos e muitos anos no Fluminense.
E que meu irmão e eu tenhamos muitos e muitos reais para comprar fichas o suficiente para vencer o perigoso Tyrog...

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Marli, Música, Mistério

Existem variados estilos musicais, e mais variados gostos ainda, já que uma pessoa sozinha, pode gostar de inúmeros estilos.
Gosto não se discute, porém estilo, sim.
E Marli é um fenômeno da música que deve ser discutido.
Sua mistura musical, nos leva em uma viagem de diversas sensações.
Eu mesmo, ri, fiquei com raiva, tive pena, achei ridículo, depois achei visionário, e cheguei a uma conclusão que se resume em uma frase bem simples:
O que é isso?
Para ser sincero, eu precisaria conversar pessoalmente com ela, para conseguir ter noção se ela realmente estava tentando fazer música, ou se estava somente avacalhando ( isso mesmo, avacalhando ), ou se ela na verdade era uma criação de alguns malucos que pegaram a coitada e introduziram sons e efeitos e depois jogaram na Internet para brincar e acabaram criando essa criatura emblemática.
Como eu não tive tempo de tentar falar com ela pessoalmente, pois estava com um jogo novo de X-Box, deixei a cargo de alguns especialistas em música avaliarem o fenômeno Marli, e reproduzo aqui suas opiniões.
Deixo claro que as opiniões deles não refletem as opiniões do BLOG, mesmo porque minha opinião já dei lá em cima, e muito menos tem cunho científico ( e isso deve bem ser claro até mesmo para o leitor mais desatento ).

1 - Itzhak Corr ( violinista )
O som é irritante, não entendo metade das coisas cantadas. Ignoro o "por quê" de insistirem em colocar no mercado este tipo de coisa que irá destruir toda uma cultura.

2 - Ludwig von Leopold ( maestro, regente )
Adoraria trabalhar com ela, temos um diamante que deveria ser lapidado. Acredito que entrará para a história da música. Está anos à frente de seu tempo.

3 - Martha Gould ( pianista )
Chorei muito, senti toda a emoção contida em suas letras. O som é muito pesado para mim, mas é uma tendência moderna as músicas eletrônicas. Se toda a música brasileira for assim, quero me mudar para lá.

4 - Rowenna Schurleman ( harpista )
Desafinada, sem ritmo, sem noção nenhuma do que está fazendo. A sua música não possui alma. É um amontoado de barulhos de computador, e uma voz estragada por programas elétricos. Me ofende virem até músicos renomados para falar sobre isso. Querem acabar com a música, mas não deixaremos. Nosso legado vai além disso.

5 - Willie "Cat" Bobstar ( cantor country )
Preciso trabalhar com ela. Acredito que faríamos o que Elvis ( Elvis Presley ) e Aretha ( Aretha Franklin ) nunca fizeram. Já imaginou? Já vejo as intermináveis filas em frente as gravadoras, para comprar nosso primeiro Long Play ( disco de vinil ).

6 - B. B. Coleman ( saxofonista )
Não sei bem o que é isso. Ela deve ter tido muitos problemas na sua vida para fazer algo tão triste. Sua música mostra um total descontrole emocional. Muitas pessoas tentam passar seu sofrimento, suas desilusões para a música. As vezes o sofrimento é tão grande, que deixa a própria música sofrível.
Bom, é isso.
Se você quiser tentar entender o que é Marli, procure na Internet.
Eu mesmo já desisti, de entender a Marli, e de jogar aquele jogo do X-box, porque era pirata e me baniram do modo on-line.
Vida que segue...

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

A Tártaruga, O Escorpião e o Sábio

Debaixo de uma árvore na beira de um rio, um velho sábio estava se escondendo do forte sol que lhe chegava desde os céus.
Uma velha Tartaruga se aproximou e observando o rio, iniciou o seu procedimento para tomar coragem de atravessa-lo.
O sábio notou também a chegada de um Escorpião com ares de pertencer a família dos velhacos de grande quilate.
- Bom dia, senhora Tartaruga. - disse o Escorpião.
- Oh, olá senhor Escorpião. - respondeu a Tartaruga lentamente dando um passo para longe do venenoso companheiro de conversa.
- Por um acaso, a senhora iria atravessar este rio caudaloso?
- Sim, eu tenho uns parentes a visitar lá do outro lado.
- Minha cara amiga, eu lhe agradeceria grandemente se pudesses me levar de carona ao outro lado. Sabe como é, nós escorpiões somos péssimos nadadores.
A Tartaruga muito cordial olhando para o sorriso ingênuo do escorpião concordou em prestar este favor ao peçonhento camarada.
Neste momento o sábio se levantou e foi até eles.
- Desculpe, nobre Tartaruga, mas eu lhe aconselho a não levar este Escorpião nas costas até o outro lado do rio. Este lhe picaria o pescoço e lhe mataria.
O Escorpião muito estupefato olhou o velho sábio, e muito prontamente buscou se defender.
- Ora, nobre senhor, se eu isto o fizer, a Tartaruga morrerá, sendo assim, morreria eu também, pois me afogaria. Portanto não há o mínimo risco de eu praticar tamanho disparate.
- Ora, senhor Escorpião. Não me tomes por incauto, sei bem que você praticaria ato tão ordinário sob a desculpa de ser esta a sua natureza.
O Escorpião com lágrimas nos olhos não cria que um sábio pudesse dirigir a ele tal imensa duvida.
- Escute, senhor. Sou um escorpião muito nobre, de família muito tradicional nestas paragens. Nunca nenhum escorpião da minha família usou de forma nociva ou matreira nosso veneno. Apenas em busca de nosso sustento usamos tal artifício.
- Oras, Escorpião de uma figa. Como pensas que poderá enganar um sábio como eu?
A Tartaruga impaciente, visto que já caia a noite, resolveu a pendenga.
- Ora, suba ai nas minhas costas, Escorpião. Se você me ferir com essa sua arma letal, como bem disse o sábio, eu me deixo morrer no meio do rio, e você poderá atravessar outro rio na companhia de Caronte.
O Escorpião subiu no casco da Tartaruga que entrou na água o mais rápido que pode, mais muito lentamente, já podemos lhe dizer.
O sábio contrafeito pegou suas coisas e foi embora.
Quando chegaram ao outro lado do rio, são e salvos, porém, molhados, o Escorpião e a Tartaruga resolveram recolher a súcia.
- Ora, veja você, dona Tartaruga. Como pode se denominar sábio um homem destes, que usa sua sabedoria para plantar discórdia.
- Qual... Não vê você que esses humanos são muito pouco sábios?
E se foram cada qual no seu caminho, uns mais sábios, outros menos...


O homem bom tira boas coisas do bom tesouro do seu coração, e o homem mau do mau tesouro tira coisas más.
Mateus 12:35

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Os Meninos, A Borboleta e o Sábio

Me disseram um dia desses que por estas paragens moravam dois garotos muito arteiros.
Venâncio e o Palhano.
Os dois viviam levando bronca na escola, na rua, em casa, e até onde não apareciam, levavam a culpa por algum mal-feito.
Certo dia a professora, que desmentindo as histórias de cidade pequena, não era bonita nem virtuosa, mas era feia e bruta no trato com as crianças, resolveu soltar o verbo em cima dos dois meninos:
- Se vocês dois continuarem assim, nunca serão nem sábios nem famosos.
Venâncio olhou Palhano e Palhano olhou Venâncio.
- Ora, professora... Não existe neste pedaço de chão debaixo deste céu uma pessoa mais sabida que o meu amigo, o Palhano.
Palhano ficou todo cheio de si, e concordou com o amigo.
Mas Alice, que era a mais doce das alunas e a mais esperta também, tratou de tirar a alegria dos meninos.
- Professora, nem Venâncio nem Palhano, são os mas sábios desse pedaço de chão debaixo desse céu.
Raivosos os meninos queriam saber de onde Alice havia tirado aquela ideia sem pé, cabeça ou rabo.
- Lá no alto da montanha, onde tem neve o ano inteiro, mora um velho sábio. Ele sabe tudo que é sabido pelo homem. Não existe no mundo uma pergunta que ele não conheça a resposta.
- Pois, bem. - respondeu Palhano - Pois eu vou subir nesta montanha e se ele não souber a resposta da pergunta, provo que sou mais sábio do que ele.
Terminada a aula, Venâncio e Palhano começaram a subir a montanha. Mas não sabiam que pergunta fariam ao velho sábio.
Foi então que Palhano viu uma borboleta, e mais que rápido prendeu a coitada entre as mãos.
- O que foi, Palhano?
- Ora, Venâncio. Vou levar esta borboleta escondida nas mãos atrás das costas. Quando chegar na casa do sábio vou perguntar: a borboleta esta viva ou morta? Se ele responder morta, eu a solto, e ele erra. Se ele disser viva, eu esmago a borboleta nas mãos e ele erra.
- Mas então não há resposta certa para esta pergunta e o sábio não será mais sábio.
- Então eu provo que sou o mais sábio neste pedaço de chão debaixo deste céu.
E foram subindo a montanha.
Quando chegaram na casa do velho sábio, ele os esperava com um chá quente para vencer o frio da neve.
Os meninos ficaram assombrados.
- Como o senhor sabia que nós estávamos chegando?
- Ora menino, tome seu chá e não queira saber o que eu sei. Só sei que você não sabe que é falta de sabedoria andar pela neve sem casaco.
Os meninos agora sabiam o que antes não sabiam.
- Mas o que querem afinal, dois meninos que quase nada sabem?
Palhano então falou:
- Me disseram que o senhor é o homem mais sábio desse pedaço de chão debaixo desse céu.
- Huhum. - resmungou o sábio.
- Então me responda se souber, eu tenho nas mãos uma borboleta. Ela está viva ou está morta?
O sábio olhou bem nos olhos do menino, serviu mais chá e respondeu com um sorriso.
- Ora, menino, a resposta está em suas mãos, basta você escolher qual você quer.
O menino surpreso soltou a borboleta que saiu voando dali, fugindo da neve e voltando para o vale ensolarado.
Depois disso, Venâncio e Palhano, sempre que possível voltavam a montanha para aprender tudo que podiam saber sobre o que se poderia saber.
Alice?
Alice casou com Venâncio, que no assunto de amor, era mais sabido que Palhano...

terça-feira, 4 de agosto de 2015

O Fazendeiro, Seu Filho, o Burro, e os Conselheiros da Estrada

Contar de ouvir contar, já ouvi de tudo um pouco...
Dizem por aí ( e quem sou para discordar ), que esta fábula é de Esopo.
Me contaram mais ou menos assim.
Mais que um pouco para menos que um pouco para mais, pois o mais fui eu que não deixei de menos.
O que sobrar ou faltar se deve a mim.

Certa feita, um fazendeiro precisou ir até a cidade para fazer umas compras de umas coisa que lhe faltavam.
Se não me mentem, sementes.
Para sua mãe já bem velhinha, um carretel de linha.
Para sua esposa magricela, uma panela.
Para a filha perneta, uma caneta.
E para o filho...
Bem para o filho, sobrou ir com ele.
Sobrou também para o burro, que haveria de carregar as compras de volta à fazenda.
Só de imaginar ter de carregar peso, o burro emburrado, ficou todo cismado.
Mas não teve escolha o coitado, foi amarrado e levado.
Na estrada porém, o pai, o filho e o burro logo encontraram uma senhora idosa que muito apegada aos netos sacudiu o punho para o fazendeiro e foi logo soltando:
- Como pode uma criança ser obrigada a caminhar, sendo que tens ai a mão um burro forte que ele bem poderia montar? Se o filho está cansado, culpa do pai desnaturado. -  se foi.
O pai, olhou o filho, e lhe ordenou:
- Monte no burro, filho. Não quero que me acusem de desnaturado por nada neste mundo.
E foram assim...
O pai, o burro, e o filho montado no burro.
Mais em frente cruzaram outra senhora na estrada. Esta vinha com um povo do colégio. Lá era professora, e foi logo ensinando sem ser perguntada. Mas era esperta a danada...
- Veja você. Pois fosse no meu tempo, um filho não faria assim ao pai. Mas os tempos modernos são assim. Não foram feitos para mim. No meu tempo o mais idoso ia montado e a pé ia o filho do lado.
O filho, olhou o pai e pediu:
- Pai, vai montado o senhor. Eu vou do lado caminhando. Pois se não quer ser desnaturado, não quero ser chamado mal-educado.
O pai montou, o filho foi do lado.
Mas não é que a estrada era longa, e muitas pessoas iam por ela?
Mais a frente, encontraram outro bocado de gente.
Duas freiras bem intencionadas, mas que ficaram muito transtornadas.
A mais velha disse a mais nova, ou a mais nova a mais velha, quem me contou não soube afirmar com certeza:
- Que pai mais cruel, donde já se viu ir tranquilo a montar, enquanto vê seu filho caminhar? Que tipo de pai é esse que não pensa no filho? Não sei o que mais Deus pode fazer por este mundo.
O pai olhou o filho, e lhe disse:
- Monta na garupa, meu filho. Assim, agradamos a todos e não seremos desnaturados, mal-educados e nem pecadores diante de Deus.
E montaram o dois no burro.
Mas nada termina, enquanto não chega ao final.
E enquanto não se chegava a cidade, mais pessoas se cruzavam pela estrada.
E dos jovens formandos vindos da capital, com diploma e chapel, viram pai e filho, e logo foram colocando seus estudos em prática. Um bacharel em direito o outro não menos nem mais.
- Ora veja. Como podem maltratar assim um animal? Num sol como esse obrigar o bicho caminhar e carregar duas pessoas? Não seria exagero prender os dois por maus-tratos ao animal.
- Fosse na capital e houvesse lei, estariam os dois na cadeia. Deveriam carregar o burro nas costas para ver se é bom.
- Mas também, que podemos esperar desta gente desnaturada? Com certeza foi mal-educada. Por isso cometem tal pecado contra Deus, e a natureza.
Pai e filho, desmontaram, pegaram o burro e foram para a cidade carregando o bicho nas costas.
Não queriam ser desnaturados, afinal tinham tido boa educação e eram tementes a Deus.
Quando entraram na cidade foram por todos recebidos.
Gargalhadas e aplausos. Só podiam ser de circo, afinal, carregar daquele jeito um animal?
Ou eram loucos ou eram ambos burros por igual.
Até mesmo o prefeito aproveitou e pediu mais votos, porque fosse eleito outra vez, haveria de ter muito mais espetáculos e circos na cidade.
O pai e o filho, compraram suas coisas e resolveram largar o burro. Pois este lhes causou muitos problemas.
Foram para casa, sem burro, para não ter problema com nada.
Mas e o burro?
Quem me contou, contou e jurou, que o burro concorreu a prefeitura.
E venceu.
Pois este aprendeu muito com o homem.
Principalmente a não dar ouvidos ao que o homem tem pra dizer.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de La Mancha

Sempre que posso, procuro ler um bom livro.
E quando não posso leio os ruins mesmo.
Depois de um acalorado debate com alguns de meus amigos que também são amantes da literatura, sobre Dom Casmurro, onde alguns acusaram Capitu de ser leviana enquanto outros ( dentre eles, eu mesmo ) acreditavam ser Bentinho na verdade um maluco ao crer que ela o tivesse traído, a discussão mudou de rumo.
Quando menos nos demos conta estávamos debatendo se Dom Casmurro podia ou não ser considerado uma das maiores obras da literatura mundial de todos os tempos.
Deixo bem claro que na minha opinião, sim. E qualquer comentário contrário se deve unicamente ao velho preconceito dos próprios brasileiros quanto aos livros escritos por aqui. Ainda se vive sobre aquela lenda de que os estrangeiros são melhores.
Logo passamos a discutir então: qual foi a maior obra da história? Qual o livro marcou época, e que deveria ser lido por todas as pessoas do planeta?
Mesmo sendo eu cristão, prontamente excluí a Bíblia desta discussão, por não considerar que ela fosse uma obra humana. Portanto nenhum de nossos livros poderia ser comparado a um que foi escrito por DEUS.
E já digo que se você não é cristão e não acredita em DEUS, sua opinião em nada mudará nosso debate que já acabou, pois como pode ver neste momento, você está lendo o que eu postei dias depois.
Mas voltando ao assunto, várias obras foram surgindo, desde Harry Potter, o simpático aluno de magia, até ao detetive bigodudo Poirot de Agatha Christie.
Passamos pelos vampiros de Stephenie Meyer e os orcs e elfos de J. R. Tolkien.
Depois, foram surgindo outros títulos como Os Lusíadas de Camões, O Pequeno Príncipe ( Saint-Exupéry ), A Arte da Guerra ( Sun Tzu ), Guerra e Paz ( Tolstoi ).
Lembramos da temível baleia branca de Herman Melville ( Moby Dick ) e seu duelo mortal contra o capitão Ahab.
Viajamos no tempo com H. G. Wells em sua A Máquina do Tempo e O Homem Invisível.
Fizemos trabalhos forçados ao lado de Jean Valjean, por causa de um mísero pão roubado ( Os Miseráveis, Victor Hugo ).
Desmascaramos o Homem da Máscara de Ferro de Alexandre Dumas, e viajamos 20 Mil Léguas Submarinas com Júlio Verne.
Nos embriagamos em Shakespeare, pois este escreveu tantos que seria crueldade citar algum e correr o risco de ser injusto com outro. Que autor este inglesinho...
De tanto citar livros, lembrar personagens e se apaixonar por donzelas, feiticeiras, rainhas e bruxas, acabamos ficando meio loucos. Então chegamos a uma conclusão ( que não foi unanimidade, sejamos justos ).
O escolhido foi Dom Quixote de Miguel de Cervantes!
Este livro, nos faz viajar até um tempo antigo, onde a cavalaria andante era a moda da vez. Ao menos na imaginação deste nobre fidalgo da região da Mancha ( Espanha ).
Vale lembrar que de tanto ler, foi que ele acabou assim. Influenciado dentre outras obras pelo não menos maravilhoso Amadís de Gaula ( Garcí Rodriguez de Montalvo ), ele resolveu largar a fortuna e munido de uma lança, uma espada e uma armadura cavalheiresca, saiu pelo mundo montado em seu cavalo Rocinante.
Buscava renome para poder enfim conquistar o coração da formosa Dulcineia Del Toboso ( que sequer existia ).
Mas não existe cavaleiro sem um leal escudeiro, e Dom Quixote tinha Sancho Pança.
Mais que escudeiro, amigo de loucuras, e aventuras.
Moinhos que se tornavam gigantes, ilhas, cavaleiros enfeitiçados, donzelas em perigo, dragões, batalhas em alto mar, rufiões, príncipes, monges e feiticeiros, heróis e vilões...
Tudo isso, e ainda mais, tamanha a grandeza desta obra.
Não há como não rir das pedradas e pauladas que este pobre escudeiro levou ao lado de seu tão louco senhor, nas estradas da antiga Espanha.
Cervantes foi tão genial, que criou Dom Cide Hamete Benengeli, um mouro, que teria escrito sobre Dom Quixote e que ele apenas traduziu para a língua castelhana.
E até hoje investiga-se a existência desse tal Cide Hamete... Afinal, loucura é contagiante.
Mas a grande herança que Dom Quixote e Sancho Pança deixaram para as gerações futuras, é o poder da verdadeira amizade.
Uma lealdade incrível ( tirando as pauladas na cabeça dura de Sancho que Dom Quixote vez ou outra tem que desferir para convencer o amigo ), emociona qualquer um que chegar a ler este livro.
Sancho é tão leal, que ao mentir a seu senhor que Dulcineia está enfeitiçada, acaba cumprindo a pena de açoitar a si mesmo ( única forma de libertar a paixão de Dom Quixote do feitiço ), mesmo sabendo que não havia feitiço algum. Simplesmente o faz para salvar o amigo de uma morte certa pela desilusão e a loucura.
Confesso que as últimas páginas de Dom Quixote são de uma dor profunda, pois nosso herói vítima da idade e das desventuras sofridas, acaba morrendo em sua cama.
No fim ele reconhece a sua loucura, pede perdão a Sancho por convence-lo a compartilhar desta loucura, e cumpre a promessa de pagando todo o salário que antes lhe havia prometido.
Elegemos O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de La Mancha como o maior livro de todos os tempos.
E deixo bem claro aqui, que tão logo termine esta postagem, vou reler mais uma vez o meu bom e velho Dom Quixote...

Jaz aqui um fidalgo tão forte
Que a extremos chegou
Tão valente, que a morte
Da vida não triunfou
Ele o mundo percorreu
E se dizem que foi louco
Com bom juízo morreu.

( TRECHO DE DOM QUIXOTE )