quinta-feira, 7 de março de 2019

Entrevista com Elda Miranda

Mais uma entrevistada chega as nossa páginas para enriquecer nossa série de entrevistas.
Elda Miranda é formada em pedagogia, especializada na área de educação especial desde 2004, e atua na educação municipal de Campo Grande desde 2010. Ela também já atuou na Apae, em Campo Grande.
Ela respondeu a questões ligadas a educação especial, e sua situação nas escolas públicas.


1- Como ter certeza de que um aluno com deficiência está apto a frequentar a escola?
Diante da lei, todos têm esse direito. Só em alguns casos é necessária uma autorização dos profissionais de saúde que atendem esse aluno. É dever da escola oferecer uma pessoa para ajudar na área pedagógica APE ( auxiliar pedagógica especializada ).




2- Quantos alunos com deficiência podem ser colocados na mesma sala?
De acordo com a lei, devem ser apenas 3 alunos especiais ( acompanhados de APE ) por sala. A lei Nº 8069 garante isso.




3- Quem tem deficiência aprende mesmo?
Sim, com certeza. O professor regente e a APE, devem caminhar juntos, promovendo o avanço e o progresso deste aluno, com ensino cooperativo entre estes dois profissionais, sendo adequadas as atividades propostas, de forma a alcançar o nível de compreensão do aluno.




4- Alunos com deficiência atrapalham a qualidade de ensino em uma turma?
No caso de deficiência de aprendizado, se o aluno tiver o acompanhamento de um professor APE, não atrapalha. Mas se não houver o APE, atrapalha e muito! Pode ocorrer de o professor regente não saiba como proceder, e acaba ignorando o aluno especial. Hoje, sabe-se que que todos aprendem de forma diferente e que uma atenção individual do professor a determinado estudante não prejudica o grupo. Daí a necessidade de se atender a todos de forma igualitária.




5-  Como preparar os funcionários para lidar com a inclusão?
É interessante que todos os funcionários e profissionais, recebam informações básicas sobre como proceder com as pessoas especiais. É importante que todos compreendam que o novo aluno com deficiência é parte integrante da comunidade escolar, precisando ter asseguradas as suas condições de acessibilidade a educação.




6- Como trabalhar com os alunos a chegada de colegas de inclusão?
Sempre envolver o aluno especial nas atividades a serem desenvolvidas, pois o objetivo é inserir este aluno no meio social e incentiva-lo, dando-lhe oportunidades de avançar em sua jornada.




7- Como lidar com a resistência de pais de alunos sem deficiência, em relação a sua presença na mesma sala de seus filhos?
A direção deve sempre abrir um espaço sobre este assunto nas pautas de reuniões, para ter esclarecimentos e informações sobre o assunto da inclusão nas escolas, tem lei para isto e deve ser respeitado o direito de todos.




8- Como lidar com a resistência dos outros alunos à presença do aluno com deficiência na sua sala?
O profissional responsável pela educação especial da escola, deve ser comunicado. E junto a coordenação e direção, conscientizar os demais sobre os direitos deste aluno e mostrar que lei garante ao aluno especial, o direito de estar na mesma escola, sem ser vitima de preconceito.




9- Como é feito para se identificar um aluno com deficiência e se comunicar os pais?
Para quem lida com esta clientela, é fácil identificar certos tipos de comportamentos e características apresentadas durante o período de observação da professora. Deve-se informar a coordenação da educação especial, para serem realizadas avaliações de exames clínicos e pedagógicos. A família será orientada para levar a criança às equipes das unidades especializadas, e seguir as orientações desta equipe. Os resultados já chegam à escola com os devidos laudos e o CID tipificando a deficiência.




10- Como lidar com pais que se recusam a aceitar que seus filhos necessitam de um acompanhamento especial?
A maioria aceita as situações e seguem as orientações destinadas a família. Mas é importante falar com firmeza e ensinar os caminhos para se buscar ajuda. Esclarecendo a essa família a necessidade e a importância de se fazer o tratamento a longo ou curto prazo, dependendo de cada deficiência. É importante a escola dar um suporte e apoio para estas famílias, acompanhamento contínuo e prosseguir o tratamento especializado.


Esta foi a nossa entrevista de hoje. Se você quer aprender um pouco mais sobre os desafios da educação especial, leia a obra Educação Especial e Autismo produzido pela SED de Mato Grosso do Sul.


Você de Campo Grande, pode acessar também:
Semed

4 comentários:

  1. Realmente super importante saber que pode,a inclusão e como lidar com essa ditusitu.Parabéns👏👏👏

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  2. Conheço o Trabalho desenvolvido pela Prof. Elda Miranda. Excelente profissional, ótima colega de trabalho e muito parceira. Seu empenho na Educação Especial sempre foi exemplar. Parabéns ao língua preta, pela entrevista!!!

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  3. Eu amo o que faço aprendi amar e dedicar aos alunos especiais por isto minha dedicação se estendeu aos longos dos anos com esta clientela especial

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