domingo, 19 de fevereiro de 2023

Seja Homem, seja Brother, seja Red Pill

 

ENTREVISTAMOS UM DOS PRINCIPAS ÍCONES DO MOVIMENTO RED PILL NO BRASIL

Zé Lester (nome hétero-imposto de José Luciano Sá Lobo), nos recebeu em sua casa,  para uma conversa sobre o movimento que vem se popularizando no mundo: Movimento Red Pill.

Ele deu uma pausa na sua partida de God of War, para conversar com a nossa equipe.

Vestido com terno de lã fria no tom azul, e bebê do campari, Zé Lester respondeu diversas perguntas sobre relacionamento, política e comportamento masculino.

Língua Preta: Obrigado por nos receber.

Zé Lester: O prazer é de vocês, obviedade seletiva.

LP: Estamos na casa dos 30° hoje, você sempre se veste assim, mesmo em casa?

ZL: Um homem não se submete ao calor, ele impõe sua vontade. Este modelo em particular é de lã fria, o mais adequado ao nosso clima. Porém, o mais caro. Somente homens de verdade se dispõem a esse item básico.

LP: Nem todos são homens de verdade? O que isso significa?

ZL: Ninguém nasce homem, se torna homem. Você nasce masculino ou feminino. E depois ou a sociedade te constrói ou você se constrói. Os alfas se constroem, os betas são construídos.

LP: Alfa e betas? Estes são os tipos de homens?

ZL: Não. Só há um tipo de homem: o alfa. O beta é um subproduto do homem.

LP: E o que os diferencia?

ZL: A relação entre o homem e o mundo ao seu redor é definida pelo alfa. Inclusive os beta. A diferença básica é que o beta, aceita e convive com a imposição da sociedade, já o alfa, rompe essa corrente, e restaura o real posicionamento da humanidade.

LP: E qual é o real posicionamento que a sociedade deveria ter?

ZL: Tudo deve se submeter ao homem. Não ao homem comum, obviedade. Mas ao homem alfa.

LP: E quem define se um homem é ou não alfa? O Movimento Red Pill?

ZL: Não. Como disse antes, o homem se define. Ou ele se torna alfa por si, ou o tornam beta. O Red Pill é apenas um movimento natural. Queremos mostrar aos alfa adormecidos seu verdadeiro lugar.

LP: E o que é afinal o Red Pill?

ZL: É um movimento masculino, hétero, de Guerreiros Estoicos.

LP: Guerreiros Estoicos?

ZL: Guerreiros do auto-conhecimento. Todo homem alfa, se conhece e conhece aos outros, e se impõe, como um guerreiro, que não se deixa vencer. O alfa é o homem invencível.

LP: E quem são os outros?

ZL: Todos aqueles que tentam vencer o alfa. Mulheres comuns, feministas, comunistas, homens beta.

LP: E como eles tentam vencer o alfa?

ZL: Precisamos entender que desde a origem da humanidade, tudo se submeteu ao homem. Tudo é submisso ao homem. Porém, com o passar do tempo, com os avanços tecnológicos, o homem que antes tinha de lutar guerras, matar seus inimigos, caçar sua própria comida, passou a ter tudo muito fácil. Isso gerou seguidas gerações de beta. Homens que perderam sua masculinidade. Há até mesmo os que trocam de lugar com a mulher.

LP: Acho que estamos indo apido demais. Vamos do início: o que é afinal o Red Pill?

ZL: Ao contrário do que pensa a maioria, não somos um movimento machista, misógino ou mesmo sexista. Somos um movimento restaurador. Queremos restaurar a ordem natural do direito inalienável do homem. O homem é o dominador.

LP: E no que consiste esse domínio?

ZL: Um domínio total. Intelectual, filosófico, físico, sexual, etc.

LP: Basicamente um movimento de controle político das outras pessoas.

ZL: Mais do que isso. A política é tem um dos tentáculos pelo qual o homem alfa submete o resto a seu controle.

LP: E como podemos entender esse domínio na prática?

ZL: Existem coisas complexas. Um exemplo de como as coisas funcionam é um caso ocorrido comigo. Eu estava em um bar  bebericando campari, quando uma loira, corpo perfeito, olhos azuis, mulher lindíssima mesmo, veio até mim, e perguntou se eu queria beber uma cerveja com ela.

LP: Então ela foi até você pelo fato de você ser um alfa?

ZL: Não, ela veio testar. Desco rir se eu era um alfa ou um beta.

LP: Débora ter deixado escapar algum detalhe. Como é?

ZL: Está mulher, estava me testando. Tentando descobrir se eu manteria minha posição, minha opinião, ou me submeteria a beber o que ela queria. Ela usou duas beleza para tentar me seduzir e me diminuir.

LP: E o que você fez?

ZL: Disse a ela que naquela noite preferia continuar com meu campari. Ela se afastou visivelmente abalada.

LP: Qual é a relação de vocês com as mulheres?

ZL: Elas tem de se submeter ao alfa. Esta mulher deste caso, estava nitidamente tentando me demover do meu lugar alfa e me colocar debaixo de sua vontade. O verdadeiro alfa submete a mulher. Não existe essa coisa de amor, afeto, etc.

LP: Então como vocês se relacionam com a mulher?

ZL: A mulher está na sociedade para procriar. Nós alfa não nos casamos, não namoramos, nem nada disso. Qua do queremos, perpetuamos a espécie através do sexo com mulheres. É puramente te para procriação. Sexo entre homem e mulher não foi feito para prazer, apenas para procriar.

LP: Mas vocês são contra a homossexualidade, não são?

ZL: Contra o homossexualismo, obviedade.  Ao contrário a brotheragem.

LP: Brotheragem? O que é isso?

ZL: O sexo entre homens não é uma coisa nova. É uma forma de Guerreiros sentirem prazer, e através da troca de líquido corpóreo, realizar transferência de força, de vigor um ao outro. Não há nada de homossexual nisso. Homossexual é aquele que é efeminado.

LP: Então, sexo entre homens é normal? Não é errado, ou coisa parecida?

ZL: Sei que para uma pessoa limitada, é difícil entender a diferença. Veja, homossexualismo é quando dois homens beta fazem sexo. Um pode ser ativo na relação e outro passivo, isso independe. Já entre os alfa, não há passividade. Os dois são ativos. O sexo proporciona prazer e companheirismo. Uma troca de vigor físico entre dois homens. A brotheragem.

LP: Tudo isso é muito inacreditável. Hoje, qual a real condição do Red Pill no Brasil.

ZL: Precisamos investir mais no estoicismo. O atual governo é altamente betalizado. Defende igualdade entre as pessoas e até liberdade demais para mulheres por exemplo. O governo Bolsonaro, foi o que mais se aproximou da ideologia Red Pill. Foi um período de combate às liberdades da mulher. Veja como ele, sendo um líder nato, colocou sua esposa no devido lugar. Enquanto ele liderava, colocou sua esposa na retaguarda. Zelando pelo lar e rezando pela volta de seu macho alfa para casa no fim do dia de trabalho.

LP: Surreal isso tudo.

ZL: Sua mente ainda está contaninada por ideologias nocivas. Por isso existe o Red Pill, para lhe despertar desta condição de beta.


ESTA É A PRIMEIRA PARTE DA ENTREVISTA COM ZÉ LESTER  DO MOVIMENTO RED PILL


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Letra

 

Meu pai tinha uma letra maravilhosa. Eu gostava de vê-lo escrever. Ele escrevia pequenas coisas todos os dias: lista de tarefas, coisas para comprar, preços para pesquisar. Eu achava muito legal quando ia à rua com seu bilhete para comprar coisas ou realizar tarefas.

Minha letra já foi bonita, não como a dele, mas bonita também. Digitando em computadores há mais de trinta anos, ela se perdeu. Embora seja um proletário como outro qualquer, frequentemente preciso autografar livros e fazer dedicatórias. Que vergonha da minha letra! Ainda bem que ninguém reclama. Dado o retorno, as pessoas parecem gostar dos livros, ufa!

Desde criança eu era cercado de letras e números, aqueles de plástico para aprender a montar palavras e contar. Ainda me lembro como minha mãe ficou assustada ao me ver escrevendo sozinho - eu nunca tinha ido à escola. Por diversos motivos, o fato é que fiz do antigo primário uma completa zona: não fiz a primeira série, só fiz o último bimestre da segunda e o primeiro da terceira. Fui parar na quarta.

Os anos poupados no primário foram derramados na UERJ, onde gastei - melhor dizendo, investi - dias e dias com matérias muito loucas, shows, filmes, garotas lindas, futebol e conversa fiada - o esporte preferido. Me formei com dois anos a mais de curso, como todo ser humano normal, mas com uma tremenda vantagem: somada aquela experiência do primário com a da faculdade, mais a do trabalho (onde escrevi matérias e releases por anos a fio, sem assinar) e posteriormente no convívio na Livraria Berinjela, mais alguns anos de coragem e ploft - virei o que chamam de um escritor.

Isso não mudou em nada minha pobreza, minha tristeza e meu ceticismo sobre o ser humano, mas me deu uma satisfação enorme de fazer algo bem, do jeito que meu pai fazia com sua linda letra. É uma pena que ele não tenha lido um livro meu, mas todos têm a influência dele, de alguma forma.


@pauloandel

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

Fungo-Zumbi, remédio ou risco à humanidade?

 

A estreia da série para TV Last of Us, baseada no game de mesmo nome, deixou muita gente com dúvidas em relação ao fungo que gera a infecção que acaba com a humanidade como conhecemos.

Trata-se do Cordyceps, que é um fungo que cresce principalmente em insetos. Este tipo de fungo, não atinge humanos, porém já é usado na medicina.

Além de revelar propriedades promissoras em relação ao câncer e pacientes com resistência à insulina, o fungo ainda é usado para outros tratamentos (LEIA MAIS).

O Cordyceps é muito conhecido na medicina tradicional chinesa, japonesa, coreana e indiana. Na China chega a ser comercializado em pacotes que contêm a larva parasitada e o ascoma do fungo, e é considerado o item mais caro da medicina chinesa.

Na formiga, o fungo-zumbi, age de maneira semelhante a que ocorre na série. O inseto contaminado através dos esporos do parasita passa a ser consumido conforme o fungo se desenvolve dentro da formiga.

O cérebro porém, permanece funcional, enquanto o fungo controla aos poucos as estruturas musculares do hospedeiro, que continua com suas atividades instintivas.

O fungo vais se proliferando na vítima até atingir o sistema nervoso central, geralmente em duas semanas após a infecção.

Durante esse período, a formiga age como um zumbi, ainda viva, com toda a noção espacial, mas perdendo domínio dos seus movimentos.

Com a mobilidade comprometida, a formiga passa a ter tremores e cair frequentemente, tendo convulsões e outros problemas neurológicos.

Em seguida a formiga morre, e após dias o fungo inicia um novo ciclo de proliferação e contágio através de esporos soltos no ambiente.

Cientistas afirmam que a espécie não causa nenhum mal ao ser humano, porém, no cinema e na TV, geralmente, o que ocorre quando utilizamos este tipo de fungo, vírus ou germe para fins medicinais, é geralmente a extinção da raça humana.

Você teria coragem de fazer como chineses e japoneses que usam este fungo como remédio, e correria o risco de se tornar um zumbi?

Eu acho que usar boldo, continua sendo uma alternativa mais segura, obrigado.