sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Derrota de Bolsonaro pode unir SBT e Record

 

Uma possível derrota do atual presidente Jair Bolsonaro na eleição que será realizada em outubro, pode gerar uma parceria inédita na história da TV brasileira.

Caso Bolsonaro não seja reeleito, o SBT e a Rede Record estudam a possibilidade da realização de um Reality Show que contaria com a presença do ex-presidente.

A cúpula da TV que pertence ao Bispo Edir Macedo estaria em conversas adiantadas com Silvio Santos, negociando a criação do programa que seria uma mistura de A Fazenda com o extinto Casa dos Artistas. A atração seria exibida nos dois canais de maneira simultânea, com câmeras espalhadas por toda a casa.

Jair Bolsonaro, conhecido por suas declarações polêmicas, seria a principal figura do programa que pode ir ao ar a partir de Fevereiro de 2023, caso Bolsonaro não esteja mais no comando do país. Nas duas TVs, a expectativa é de otimismo em relação a realização do Reality, mesmo que isso signifique uma derrota do atual presidente na sua tentativa de reeleição.

Confidencialmente, os comandos dos dois canais já dão como certa a recondução do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva ao Planalto. Lula já presidiu o Brasil por dois mandatos.

Mesmo com todo o otimismo, existem ainda algumas questões a serem resolvidas pelas emissoras. Uma delas, é a preocupação com a rejeição de Bolsonaro.

Um diretor da Rede Record teria dito que geralmente as pessoas que passam mais tempo em casa, sem precisar trabalhar, pois recebem ajuda financeira do governo, são pessoas com simpatia a ideologias nocivas à família e aos bons costumes. E estas pessoas poderiam votar de forma maciça para a eliminação de Bolsonaro do Reality.

Uma solução para essa questão teria sido sugerida pelo apresentador Ratinho, do SBT. Ratinho teria dado a ideia da criação de três grupos dentro da casa, que teriam um líder. Esse líder não poderia ser eliminado no primeiro mês de programa. Neste caso, Bolsonaro já entraria na atração como um dos líderes. Ratinho ainda sugeriu que os grupos recebessem os nomes de Direita, Esquerda e Centrão.

Essa ideia garantiria que Bolsonaro ficaria ao menos trinta dias na telinha em pleno horário nobre.

Outro problema tem preocupado os idealizadores do programa: patrocínio.

Até agora apenas um anunciante aceitou patrocinar a atração, as Lojas Havan de propriedade do empresário Luciano Hang, amigo pessoal de Bolsonaro, também chamado de "Véio da Havan".

Sem outros anunciantes, as duas emissoras teriam de bancar financeiramente a atração. Para Silvio Santos isso não seria um grande problema, mas para os representantes do Bispo Edir Macedo, a falta de patrocínio impediria a realização do Reality. Edir Macedo não é conhecido por abrir a mão, pelo contrário, gosta de lucrar, e muito, com sua TV.

Nada ainda está totalmente confirmado, mas com as eleições cada vez mais próximas, a realização dessa parceria inédita entre Rede Record e SBT, pode estar cada vez mais perto de acontecer.

Vai depender apenas da decisão do eleitor.

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