quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Alckmin, e o Preconceito Contra Obesas

Qual você contrataria para sua empresa?
É mais ou menos isso que ocorreu no estado de São Paulo. Cinco professoras que foram aprovadas em concurso, foram reprovadas no exame médico. Motivo? Eram gordas.
O fato gerou polêmica, e foi denunciado pelo jornal Folha de São Paulo. Mas prontamente, o governador Geraldo Alckmin veio a público dizer que elas não foram reprovadas pela estética, mas sim por "critérios técnicos".
Apesar de o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo ( Apeoesp ), mostrar indignação através de sua presidente Maria Izabel Azevedo Noronha, que disse que "isso representa preconceito e desrespeita direitos fundamentais da pessoa humana", a Secretaria de Gestão Pública disse que quem se considerou prejudicado deve recorrer da decisão.
O que fica porém, é a impressão de que se for por parte do poder público, todo o tipo de preconceito é justificável.
Outro fato que fica visível, é que a sociedade nos últimos anos criou vários tipos de mecanismos para acabar contra o preconceito contra negros e portadores de deficiências, como as cotas raciais em faculdades, leis de incentivo fiscal para contratação de deficientes ( os famosos PNE ), entre outras.  Porém, a sociedade esqueceu-se de outras minorias, que frequentemente sofrem preconceito.
Obesos, anões, portadores de Down, índios, homossexuais, e acreditem, até mesmo os "feios" são tratados de forma preconceituosa.
E, se até mesmo instituições municipais, estaduais e federais podem discriminar pessoas "diferentes", como poderão cobrar das instituições privadas.
Governos que praticam preconceito, serão capazes de criar leis que protegerão os direitos básicos de todo o tipo de cidadão, ou defenderá os direitos apenas dos "bonitos e sarados"?
Alckmin disse que "se houve erro ou injustiça, será corrigido". É o que a sociedade espera do representante que elegeu de forma democrática.
E que os profissionais que cometeram tais erros ou injustiças, não sejam punidos, mas sim instruídos para que no futuro não cometam o mesmo fato. nem que sejam substituídos por outros funcionário públicos que continuarão apresentando o mesmo comportamento preconceituoso.
Direitos iguais
E que a sociedade se torne um lugar mais justo para todos. Sejam magros, gordos, brancos, negros, índios, ricos ou pobres.

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