quarta-feira, 18 de maio de 2011

Entrevista com jornalista Cristiane Pereira

O Blog Lingua Preta Orkut, inicia uma série de entrevistas com profissionais de várias áreas de Campo Grande.
A primeira entrevistada é Cristiane Pereira da Silva, jornalista formada na Universidade Anhanguera Uniderp.

1 - Onde você está atuando atualmente?
Atuo em uma revista como editora e jornalista.
2 - A profissão que exerce hoje, reflete aquilo que você imaginava quando iniciou sua faculdade?
Com certeza, desde que sai da universidade faço jornalismo, seja TV, revista, rádio, online ou jornal impresso.
3 - A principal reclamação hoje de quem se formou em jornalismo, é a decisão de que para se exercer a profissão não é necessário mais possuir o diploma. Qual sua opinião sobre isso?
Acho que a principal reclamação é a questão salarial, muitos órgãos de imprensa não pagam o aconselhado para a categoria. Quanto ao diploma derrubar ou não dá-se no mesmo, visto que muitos “jornalistas” já exerciam a profissão antes do mesmo dessa decisão do STF e pensando a grosso modo, grandes órgãos de imprensa não contratam jornalistas sem formação.
O ministro Gilmar Mendes em meio à decisão deixou claro que as empresas de comunicação devem determinar os critérios de contratação. "Nada impede que elas peçam o diploma em curso superior de jornalismo", disse o ministro.
4 - Outra reclamação frequente, é que os jornalistas formados não desempenham sua verdadeira função, mas sim outras totalmente diferentes dentro da empresa. A alguma perspectiva de trabalho para jornalistas hoje em Mato grosso do Sul?
Quanto a essa reclamação desconheço. O que muito acontece é de se fazermos a função de jornalista ganhando menos do valor pago a categoria. Perspectiva no MS é claro que temos e muita, me diga quem é provedor diário da informação?
5 - Existem médicos apresentadores, políticos apresentadores, por que não temos jornalistas na televisão do Estado?
Temos jornalistas fazendo jornalismo e não apresentadores fazendo jornalismo. TV Morena, TV Campo Grande, Guanandi entre outras tem jornalistas fazendo os telejornais. Para ser apresentador não é preciso ser jornalista, mais para ser jornalista é preciso ter o mínimo de conteúdo teórico daqueles que vemos nos bancos de faculdade.
6 - Por que com toda a tecnologia de informação que temos hoje, aqui no Estado, ainda se vê na TV programas com o mesmo modelo de 20 anos atrás? Aqueles programas que exploram situação de miséria em alguns bairros, ou prisão de bandidos de porta de escola?
Vou te responder com outra pergunta. Porque em época de campanha os políticos procuram comunidades carentes? Te respondo, simplesmente porque a massa está lá. Acredito que isso acontece com os programas de TV que mostram a miséria, os crimes entre outros escândalos.
7 - Você acha que hoje o telejornalismo do estado está obsoleto?
 Não simplesmente transfere a nós os fatos gerados por nós mesmos.
8 - Como você avalia o fato de um estado do tamanho do nosso, ter apenas um jornal impresso de grande circulação?
Não temos somente um, mais dois. Mas, ainda assim poderíamos ter um maior número. Mas para isso o investimento é alto.
 9 - Existe esperança de trabalho para os jornalistas que estão se formando hoje, de exercer sua profissão aqui no estado, ou terão de migrar para outras localidades?
Existe sim. Migrar para outras regiões pode-se ter melhores salários, mais ter se experiência na área de comunicação em uma Capital é sempre bem vindo para qualquer profissional.
10 - A mídia eletrônica será a única saída para esses profissionais? Ou você acredita em outros meios de se exercer a profissão?
De forma alguma, tem espaço para todos, basta ter competência.
Essa foi a entrevista com Cristiane Pereira da Silva, jornalista e editora.

Você pode saber mais sobre o trabalho de Cristiane, acessando a Revista Impacto.

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