sábado, 1 de abril de 2023

Elemento Feminino na Luta pela Independência na Bahia

 

Retrato de Dona Maria Epifânia de São José e Aragão, nobre matriarca baiana, irmã do Visconde da Torre (da linhagem de Garcia D’Avila), herdeira de uma fortuna incalculável

Dona Epifânia usava um grande bigode que pode ser apreciado na sua real densidade em retrato, pintura a óleo, que faz parte do acervo do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia.

Na tela, aparece ostentando um manto característico das imperatrizes e muitas joias de valor incalculável. Era filha de José Pires, Senhor dos Engenhos Cazumbá, Passagem e Nossa Senhora da Conceição, e que chegou a residir no hoje Solar do Unhão.

Maria Epifânia, a mulher de bigode, casou-se com um primo, como era habitual na época, o capitão-mor Antônio Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque, filho do capitão-mor, seu homônimo. Foi Dama de Companhia da Imperatriz Leopoldina, e de Dona Teresa Cristina até sua morte em 1855.

Durante a Guerra da Independência da Bahia, ajudou a seu marido o capitão-mor Antonio Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque que comandava três Companhias de Voluntários e muitas Ordenanças, nos trabalhos da Campanha, acompanhando-o para onde ele marchava e com encargo especial de fazer distribuir munição necessária, de preparar e distribuir os víveres que à custa de sua fazenda mandava dar seu Marido à gente do seu Comando e em distribuir armamento a quantas pessoas concorriam ao Quartel, sendo inclusive ferida em uma perna por tiro de espingarda. Não deixou descendência.


Ilustração

Óleo sobre tela. Sem autoria e data. Acervo Instituto Geográfico e Histórico da Bahia.


FONTE:

Thalita de Oliveira Casadei

Nenhum comentário:

Postar um comentário