Volta e meia vemos no cenário do Carnaval do Rio de Janeiro incêndios em barracões e/ou fábricas que confeccionam fantasias e utensílios para os desfiles das escolas de samba.
Seja nas escolas do grupo Especial, como aconteceu na Cidade do Samba há alguns anos atrás, seja o que aconteceu recentemente numa fábrica no bairro de Ramos, região da zona norte da cidade.
Precisamos emitir esse alerta e debater pois o universo do Carnaval está cada vez com maiores recursos para provimento do espetáculo e deve-se ter um maior profissionalismo em sua cadeia logística.
Os holofotes do mundo estão com maior visibilidade ao Carnaval do Rio de Janeiro e certos pontos não podem acontecer mais, como por exemplo condições sub humanas de estrutura nos barracões das escolas e ateliês parceiros, deve haver um protocolo rigoroso de segurança junto ao Corpo de Bombeiros para que não se tenha essa perda de ativos de maneira tão rápida.
Outro ponto são as condições de trabalho aos profissionais envolvidos, como pragas, incêndios e sujeira são apontadas como parte da rotina nesses espaços atualmente; o fogo ocasionado na fábrica é o atual retrato das condições dos trabalhadores do Carnaval.
Nos últimos anos, um festival de desapropriações e de incêndios suspeitos têm feito parte de rotina destas agremiações da série Ouro, que possuem um orçamento de algo em torno de dez vezes menor do que de uma escola do grupo Especial, passarem por momentos de desespero.
Localizados na Zona Portuária, em antigos galpões próximos à moderna Cidade do Samba onde abriga as escolas do Grupo Especial, os barracões destas agremiações sofrem, há muitos anos, com a falta de estrutura física e a insegurança jurídica sobre as permissões de uso.
A solução mais viável e que deve ser sanada com o tempo será a construção da Cidade do Samba 2, onde será localizado na antiga Estação da Leopoldina.
Segundo o prefeito Eduardo Paes, as obras ainda estão bem no inicio com previsão de inauguração para 2027, porém depois de mais uma tragédia há a possibilidade de intensificarem e quem sabe inaugurarem com antecedência.
O Carnaval merece essa atenção de todos e enterrar de vez o amadorismo em sia cadeia de produção.
TEXTO DE:
Thiago Muniz