quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Carnaval 2025 - Beija-Flor

LAÍLA

Da casa de Ogum, Xangô me guia

Da casa de Ogum, Xangô me guia

Dobram atabaques no quilombo Beija-Flor

Terreiro de Laíla, meu griô

(Refrão Beija-Flor 2025)

O samba de enredo em homenagem a uma figura pública, só o samba mesmo, que tem melodia e cujos versos expressam perfeitamente o homenageado, igual ao que os compositores montaram sobre o Laíla eu nunca vi.

Quem não teve o prazer e o privilégio de conhecer um dos maiores nomes dos desfiles de Carnaval, porque ele nunca teve a projeção de um Chico Buarque, Maria Bethânia, pode não ter a dimensão. Está tudo ali.

Laíla não é o maior nome do samba. Muito menos o maior do Carnaval. Mas dos desfiles de escola de samba, se ele não é o Pelé, não sei quem seria. Sobre a dinâmica dos desfiles de escola de samba, é disparadamente o maior. E sem o reconhecimento que deveria.

Em seis décadas de desfiles ele foi ferreiro, costureiro, aderecista, chapeiro, escultor, passista, compositor, cantor, mestre de bateria, diretor de bateria, carnavalesco, diretor de harmonia, diretor de Carnaval, produtor, cozinheiro, garçom, empurrador de alegoria, criador de caso e gênio. E essa opinião não é só minha: Fernando Pamplona e Joãosinho Trinta, gigantescos do talento e vaidade, admitiam que Laíla era imbatível.

E se Laíla é o Pelé dos desfiles de escola de samba, Neguinho da Beija-Flor é o Garrincha, que não tem a mídia do Messi e do Cristiano Ronaldo, mas é coisa de doido.

Como diz o jornalista João Alberto Safadi: “Laíla para reconduzir os caminhos da Beija-Flor”.

 Uma história de amor e reconciliação.


TEXTO DE:

Thiago Muniz

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