Futebol, Amor e Ódio

Ônibus do Corínthians apedrejado.

Mais uma vez, um capítulo de violência no futebol brasileiro.
Desta vez, a torcida do Esporte Clube Corínthians Paulista, tentou agredir os jogadores do time após a eliminação da Taça Libertadores da América 2011. Carros foram apedrejados dentro do CT do Corínthians, e o ônibus da equipe foi atacada por centenas de torcedores, obrigando a polícia a utilizar até mesmo bombas de efeito moral.
Para piorar a situação, Ronaldo acabou colocando em seu Twítter, mensagens ofensivas chamando os torcedores de "marginais e vândalos". O que em parte é verdadeiro se levarmos em consideração os últimos acontecimentos. E o atacante entrou em uma discussão pública pela Internet com o ex-ídolo corínthiano Neto. Com acusações e declarações vergonhosas dos dois lados.
Esse episódio porém não foi o primeiro que ocorreu no Brasil, pois sempre que um time brasileiro passa por um momento ruim, sua torcida ( ou parte dela, para ser justo ) acaba protagonizando atos condenáveis. E isso não é exclusividade dos torcedores, pois jogadores também acabam praticando atos violentos.

Romário agride torcedor em centro de treinamento

Em sua passagem pelo Fluminense Football Club, o jogador Romário não só agrediu um torcedor em pleno treinamento, como ainda em uma partida agrediu o zagueiro Andrey ( do mesmo time ) com um soco.
Outro exemplo, foi a troca de "pancadas" entre o atacante Obina e o zagueiro Maurício, ambos atuando no Sociedade Esportiva Palmeiras.

Maurício e Obina se agridem

Como a justiça brasileira não faz nada de concreto para punir jogadores e torcedores que acabam praticando violência explícita, isso sempre continua acontecendo.
A torcida alega "paixão", mas o que seria a alegação dos jogadores em campo? Vontade de vencer, rivalidade, pressão extra-campo, etc.
Mas o que leva uma torcida que recebeu o jogador Ronaldo como um ídolo, com festa, transformando ele em um símbolo do clube em poucos dias, a de repente tentar agredir o jogador e pedir que ele saia do clube, não pode ser explicado.
O nome não seria "paixão", mas sim "irracionalidade"
E tentar agredir um jogador que já representou o Brasil em 4 copas do mundo, por causa do "amor" ao clube, é realmente um comportamento criminoso, e não de torcedor.

Ronaldo chora eliminação

Se no Brasil, a justiça não tomar atitude, logo estaremos com os argentinos, que em clássicos liberam a entrada apenas do time mandante. O famoso "jogo de uma só torcida".
Mas como as torcidas daqui são um tanto quanto "apaixonadas", não é de se admirar se começarmos a ter jogos de "nenhuma torcida".

"Paixão" de torcedor...