terça-feira, 15 de agosto de 2023

Ali-Neymar e os 40 parças


Para inicio de conversa, Neymar deixou de ser garoto há muito tempo, desde que se tornou profissional. Somos protagonistas de nossas escolhas, independente se forem boas ou ruins. O Neymar tem consciência disso. Seja a saída conturbada do Santos, seja a saída voadora do Barcelona e agora praticamente um convite para se retirar do PSG.

Neymar é responsável pela sua imagem, e nestes últimos anos ele fez questão de não fazer um detox perante a opinião pública; ou ame ou odeie. É 8 ou 80. 

Um contrato de aproximadamente 90 milhões de euros com o Al Hilal vai torná-lo um jogador bilionário, vai encher a conta bancária maior do que já está. E pelas suas últimas atitudes públicas demonstradas em favor de um candidato explícito da extrema-direita, jogar futebol num país que não possui o mínimo respeito aos direitos humanos ao que parece não o abala. Vai para um país que nitidamente está fazendo uma lavagem de imagem para conseguir ser sede de Copa do Mundo. A Arábia Saudita copia os moldes de seu vizinho Catar, curiosamente dono do PSG, inimigos políticos mas nações comadres no quesito petro-business. A Liga Árabe condensada nos petro-dólares e com muitos craques oriundos da elite européia, ficará inflada e com bastante holofotes. Se isso será algo positivo para o mundo do futebol, só o tempo dirá. Essa movimentação árabe me lembra a movimentação pró-soccer na década de 70 quando simplesmente tirou Pelé da aposentadoria.

Neymar terá mais mansões megalomaníacas em seu patrimônio, jatos particulares para circular pelo mundo afora, festas profanas com seus parças e o que mais ele quiser da vida. Só não poderá voltar ao passado. E está tudo bem, afinal ele só receberia tudo isso em sua carreira se não tivesse algum dom no futebol. Mas que ele poderia ser maior do que é, isso poderia sim. 


TEXTO DE:
Thiago Muniz

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