sexta-feira, 8 de setembro de 2023

System of a Down

System of a Down (às vezes abreviado como SOAD ou System) é uma banda de metal alternativo armeno-americana formada em Glendale, Califórnia em 1994. É composta por Serj Tankian (vocais, teclados, guitarra), Daron Malakian (guitarra, vocais), Shavo Odadjian (baixo, vocais) e John Dolmayan (bateria).

O System of a Down teve sua grande chance em 1997 quando o mega produtor Rick Rubin, motivado pelo boca-a-boca em torno dos shows, assistiu à banda no Viper Room. Ele se impressionou o suficiente a ponto de oferecer assinar com o grupo para a American Recordings após uma quarta fita demo ser enviada para gravadoras.

O System of a Down se viu livre para botar as mangas de fora. Nenhum tema estava proibido: as músicas falavam sobre o genocídio armênio, extremismo religioso, escândalos de pedofilia na Igreja, programas de lavagem cerebral da CIA, além da cultura de drogas no Ocidente.

O álbum de estreia, também chamado “System of a Down”, saiu dia 30 de junho – antecipado pelo single “Sugar”, lançado 24 de maio. A capa trazia uma imagem tirada de um pôster antifascista distribuído pelo Partido Comunista da Alemanha e criado pelo artista visual John Hartfield. O pôster original carregava o slogan “Uma mão tem 5 dedos! Com esses 5 agarre o inimigo!”.

Ao longo dos dois anos seguintes, enquanto o nu metal ascendia ao mainstream, o System of a Down continuou a crescer graças ao seu disco de estreia, culminando no sucesso enorme de seu segundo álbum, “Toxicity”, lançado em 2001. 

O grupo seguiu essa onda lançando mais três trabalhos extremamente bem-sucedidos – “Steal This Album!” e a dupla “Mesmerize” / “Hypnotize” – antes de entrarem em hiato em 2006. Eles retornaram para shows aqui e ali, mas o legado já estava estabelecido.

Serj Tankian está sempre ocupado. Ele participou de uma revolução na Armênia, ajudou a trocar o governo do seu país por outro mais democrático em 2018, fez um filme sobre isso, reuniu o System of a Down após 15 anos para denunciar "crimes de guerra" do Azerbaijão em 2020 e também lançou um EP solo.

Ele admitiu que tentou gravar com o System as músicas do novo EP solo, mas não deu certo.

Defendeu o ativismo no rock e alertou que não basta "escrever e postar"; é preciso se envolver.

Falou de fãs que piram com "Chop suey" sem entender a letra veloz e lembrou que ele também não entendia as letras do Rage Against the Machine quando era mais novo.

Mas, depois de todo esse tempo, diz que fica chocado quando fãs rejeitam ou desconhecem seu ativismo nas letras.

Contou como o System voltou de repente com duas músicas após 15 anos, denunciando a "catástrofe humanitária" na guerra na Armênia.

Disse que essa volta aumenta a esperança de um disco novo da banda, mas não garante. Falou do elo com o Sepultura, a "explosão" do Rock in Rio, e riu do meme "System of a Dilma".


TEXTO DE:
Thiago Muniz

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