domingo, 24 de outubro de 2010

Todos amamos Vampiros

Tom Cruise e Brad Pitt
 Todos se lembram do Vampiro Lestat, interpretado por Tom Cruise em "Entrevista com o Vampiro" em 1994. O que poucos sabem é que esse personagem não surgiu nesse filme, mas sim no livro homônimo de Anne Rice, escrito em 1976. Anne Rice inclusive pode ser considerada a criadora dos "vampiros humanos".
Antes, vampiros eram criaturas sanguinárias, que se alimentavam de sangue humano, e que faziam várias vítimas por noite, sem se importar com nada.
Drácula, Nosferatu, entre outros menos conhecidos por muito tempo fizeram pessoas pelo mundo todo temer e odiar os vampiros.
Mas, depois da obra de Anne Rice, uma verdade absoluta sobre essas criaturas noturnas foi relembrada: antes de serem vampiros eles foram humanos.
Anne criou em sua obra, a imagem de um ser humano que passa por um dilema, precisa matar para sobreviver. Algo parecido com o que acontece com todos os animais do planeta, e que para nós é apenas a famosa cadeia alimentar. Mas, quando isso acontece com seres humanos, traz à tona ideias com ética, moral, e religião.
A autora criou uma série conhecida como "Cronicas Vampirescas" que tem mais de 10 livros. Inclusive outro que acabou indo parar nas telonas, "A Rainha dos Condenados".
Na esteira de Anne, veio Lisa Jane Smith com seu "Night World", que tem no seu primeiro volume, "Secret Vampire", a história do vampiro James, que se vê obrigado a "transformar" sua amiga Poppy, para que ela não morra por causa de um câncer terminal. Assim como os vampiros de Anne, os de L. J. Smith também tem um lado humanista. É claro que a história de Poppy e James tem um final feliz.
Bella e Edward
Final feliz que teve também a série "Crepúsculo" de Stephenie Meyer.
O romance do vampiro Edward Cullen e da humana Isabella Swan inovou por trazer uma história onde o vampiro não quer "transformar" sua amada, mas essa insiste em ser "mordida". No final, além de se casarem, e de Bella acabar virando vampira, o casal ainda tem uma filha meio-vampira-meio-humana.
Nas telas do cinema, não há uma adolescente que não tenha se apaixonado por Edward vivido pelo ator Robert Pattinson, e o mesmo pode-se dizer em relação a atriz Kristen Stewart que fez jovens suspirarem por uma namorada como ela.
O sucesso no cinema foi assombroso, mesmo ainda não sendo lançado o último volume "Amanhecer" ( que pode chegar as telonas dividido em duas partes ). Mas os três primeiros filmes já somam uma bilheteria de US$ 1,76 bilhões, e ajudaram a vender cerca de 116 milhões de exemplares da obra de Stephenie Meyer, em todo o mundo. O livro já foi, inclusive, traduzido para mais de 37 idiomas.
O que se sabe, é que uma tendência mundial tomou conta da cabeça dos adolescentes e até de alguns adultos. No antigo orkut por exemplo, existia em apenas uma comunidade relacionada a vampiros nada mais que 60408 seguidores. Se a palavra vampiro fosse procurada no orkut, só no Brasil apareceriam mais de 80 páginas de comunidades.
Isso leva a conclusão de que, se até a década de 80, os vampiros eram odiados e temidos, a partir de 1994 passaram a ser amados. Ou seja, passamos a torcer para que eles não fossem mais mortos pelos Blades e Gabrieis Van Helsings que andam por aí.
Inimigos antigos...
 Todo esse sucesso pode estar ligado a um simples fato, os vampiros carregam consigo um fardo: a imortalidade.
Mas, se para eles isso é um fardo, para muitas pessoas no mundo todo, é um sonho. O medo da morte faz com que milhares de pessoas desejem se tornar imortais. Mesmo que isso os faça beber sangue humano pelo resto de sua existência.
Mas, como a medicina e a ciência ainda não criaram uma fórmula para resolver esse problema, resta a nós mortais continuarmos apenas a torcer para que as histórias de nossos queridos "vampiros humanos" terminem com o tão esperado final feliz.
E que esse final feliz, dure para sempre.

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