terça-feira, 2 de novembro de 2010

A Veja Segundo o Leitor

Diante de uma enxurrada de críticas à "Revista Veja", o blog Lingua Preta Orkut foi a procura da opinião de vários leitores, para saber o por que de uma das maiores revistas da história do Brasil ter ficado tão impopular.
Primeiro, é preciso conhecer a "Revista Veja", por isso, trouxemos um pouco de sua história: a revista foi criada em 1968 pelos jornalistas Victor Civita e Mino Carta. A revista trata de assuntos como economia, tecnologia, medicina, vida cotidiana, política, religião, ecologia e outros. Possui seções fixas de cinema, literatura e música.
É a revista de maior circulação do país, e possui uma tiragem de mais de 1 milhão de exemplares. Isso sem contar as edições como "Veja São Paulo" e "Veja Rio", que são publicadas apenas eventualmente, tratando de assuntos regionais. Geralmente, seus artigos são escritos por jornalistas, mas nem todas as seções são assinadas.
Atualmente a revista vem sendo duramente criticada por várias vertentes da sociedade, e foi inclusive criticada por Mino Carta ( um dos criadores ) em sua revista "Carta Capital" por não ser mais uma revista imparcial.

     "Em 152 páginas, 72 de publicidade, isso sem contar as da própria Abril".
                                                                   Emir Sader - cientista político


Além de estar com mais propagandas que nunca, a revista tomou partido nas eleições desse ano, repetindo o que aconteceu nos processos eleitorais anteriores, quando a revista foi nitidamente defensora dos políticos tucanos. Durante todo o ano de 2010, a revista colocou em suas capas, imagens que atacavam a candidata Dilma Roussef, e o atual presidente Luis Inácio Lula da Silva, ambos do PT. Mas quando a revista falava sobre o candidato adversário, o tucano José Serra, sobravam elogios e fotos meigas.
O fato que mais revoltou alguns leitores foi a reportagem sobre Índio da Costa onde "Veja" dizia que ele havia acertado o alvo, ao acusar o PT de ter ligações com as Farc.
Como o Lingua Preta Orkut não poderia fechar os olhos para a evidente queda de uma revista tão conceituada, trouxemos opiniões de alguns leitores:

"Uma revista do tamanho da Veja, não poderia tomar partido, mas sim informar de forma séria seus leitores. Se um canal de comunicação desse tamanho faz isso, imaginem os pequenos jornais, e as revistas menos conhecidas..."
                                                   Vanilda da Silva - comerciante

"Todo mundo criticou o governo por falar contra a imprensa, mas quando uma revista do tamanho da Veja, escolhe apoiar abertamente um candidato a um cargo tão importante quanto ao de presidente, não se trata de liberdade de imprensa, mas sim, de partidarismo."
                                                    Izolino Piñera - aposentado

"Esta parecendo o caderno de classificados, são tantas propagandas de montadoras de carros, e bancos no meio dos artigos, que até o mais atento leitor se atrapalha."
                                          Wesley das Neves - engenheiro de computação

"Sempre tive o sonho de poder um dia ser colunista da revista Veja, mas hoje, não me veria sendo obrigada a escrever o que os patrocinadores querem. Acho que isso sim, é censura."
                                                     Cristiane Silva - jornalista

"Em 2006, fiz questão de agradecer a Veja, através do e-mail, o fato de graças a suas mentiras, ter ajudado, ironicamente, a tirar votos de Alckmim, no segundo turno. Ele perdeu 2,4 milhões de votos naquela época. Agora em 2010, novamente a revista perdeu o tom. E ainda por cima disseminou a mentira ao apoiar acusações tão levianas como essas de Índio da Costa. Verdadeira falta de profissionalismo..."
                                                       Tarciso Tertuliano - profissional liberal

Agora, cabe a você leitor, decidir se vai ou não continuar a ler essa revista que já entrou para a história do país. Mas que agora, está se deixando levar por interesses econômicos.
Na opinião humilde desse blog, seria uma pena que uma revista como a "Veja", com tanta história, deixe de ser uma das mais conceituadas do país, e passe a ser apenas um panfleto partidário.
Que a editora Abril, abras os olhos...

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